quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Meia dúzia de perguntas para Bárbara Moreira



     Esta série de micro-entrevistas sobre fotografia foi inspirada pela “5 questions” do Flickr Blog. Nesta segunda parte, entrevistamos Bárbara Moreira.

    Bárbara é estudante  em dois cursos: Engenharia de Produção (3º período) na Faculdade Machado Sobrinho e Comunicação Social (7º período) na UFJF. Fotografa como um hobby, mas já fez trabalhos e expôs, como quando dividiu com Aelson Amaral a exposição de 2011 do Ibitipoca Off Road , coberta pelo JF em Foco aqui: Ibitipoca é aqui!


     1. Bárbara, você pode nos dar uma dica de fotografia?

     Quem quiser fotografar, precisa conhecer bem seu equipamento, tanto o que ele oferece, quanto suas limitações, para saber o que dá pra fazer. O manual da câmera é uma ótima ajuda. Apesar de parecer grande demais e chato, leia-o. Praticamente todas as informações que você precisa estão nele. A internet também possibilita saber o que falam outros fotógrafos que têm a mesma câmera. Acho que só depois de conhecer bem o equipamento, você vai conseguir saber o que precisa para melhorar suas fotos.


     2. Fale-nos de suas fotos favoritas no flickr e por que gosta delas.

     Primeiro, fotos favoritas de sua Galeria?


     Uma das minhas fotos que mais gosto foi tirada no Ibitipoca Off Road 2010. Tentei fazer uma foto de rally diferente do habitual, dos carros e motos em alta velocidade. Foi o primeiro e único evento que fotografei até hoje e consegui aprender muito naquele dia, com a ajuda do já experiente fotógrafo Aelson Amaral. Acredito que consegui me sair bem dentro do que me propus, tanto que depois minhas fotos foram expostas no Independência Shopping.
    Fotos de crianças também estão dentro das minhas favoritas, pela espontaneidade que elas são capazes de transmitir nas imagens.


detalhes - details








     E fotos de outro fotógrafo no flickr?

     Gosto muito das fotos do fotógrafo José de Holanda (www.flickr.com/photos/josedeholanda).

     As fotos analógicas que ele faz são incríveis e consegue transformar momentos cotidianos em belas fotografias. O trabalho dele como fotógrafo de shows também é muito bom, ele sabe explorar bem as emoções do artista e a iluminação do palco.


      fotos José de Holanda
OTTO



segundo





     3. Que dica você daria para fotografar em Juiz de Fora? 

     Juiz de Fora é uma cidade que já foi muito fotografada, mas as opções são inesgotáveis, basta tentar fazer algo diferente, com novos ângulos e novas luzes. O centro de Juiz de Fora é muito rico historicamente. Apesar de, à primeira vista, parecer poluída, a Avenida Getúlio Vargas tem construções que merecem um segundo olhar.


     4. Que fotógrafo de Juiz de Fora você indica para fazermos a seguir as seis perguntas?

     Bruno Moraes.
 


Jornal Estado de Minas

O Som dos Passos



     5. Que pergunta sobre fotografia você gostaria de lhe fazer?


     Bruno, sei que você tem um estúdio recém montado. Você acha que Juiz de Fora tem espaço para novos fotógrafos? Acha que o fácil acesso às câmeras digitais prejudica o trabalho dos profissionais da fotografia?


     6. Letícia Vitral gostaria de te perguntar:“Não conheço muito sobre fotografia jornalística, mas sei que este é o seu “ramo”. Creio que fotografia jornalística é, necessariamente, documental, mas o que se busca hoje em dia em jornais, ainda é essa linha de trabalho, ou é possível ver, hoje em dia, fotografias de caráter jornalístico porém com uma “pegada” artística? Como é essa diferenciação no mercado hoje em dia? O seu trabalho se enquadra nessa idéia clássica de fotografia jornalística, ou na idéia de fotografia documental com viés artístico?”








     Acho que essa “pegada” artística está embutida sutilmente no fotojornalismo, mas acho que a linha de trabalho vai continuar a mesma, de maneira que a foto informe de maneira objetiva, sem abrir espaço para várias interpretações. Isso acontece porque o jornal deve informar o seu leitor e a fotografia é uma parte da notícia. Do mesmo jeito que o jornalista deve ser imparcial numa matéria, o fotógrafo também deve trilhar esse mesmo caminho.
    Nas minhas fotos, por serem apenas hobby, não me preocupo com o teor informativo e vou me enveredando pela fotografia artística.



     JF em Foco: Bárbara,  muito obrigado pela entrevista! Mais adiante publicaremos a entrevista com Bruno Moraes.